Aparições de São Miguel Arcanjo

14/01/2013 19:18

            Além das que vêm mencionadas nas Sagradas Escrituras, no Antigo Testamento, várias são as intervenções do chefe dos anjos na vida da Igreja, aparecendo em vários lugares, em horas difíceis, para mostrar a sua assistência como guarda e protetor vigilante da mesma Igreja. Essas aparições foram observadas e confirmadas pela autoridade eclesiástica que as abençoou e, algumas delas, foram inseridas na própria liturgia local ou universal, com Missa e ofícios próprios.

            Sabemos que após a Ascensão do Senhor Jesus ao Céu, os apóstolos, para dar cumprimento ao Seu mandato “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16,15-16), dividiram o mundo conhecido em doze partes e para cada uma delas foi um apóstolo São Paulo, para mostrar claramente a universalidade da Igreja, além de substituir a Igreja do Antigo Testamento, confiada ao povo hebreu, o povo eleito, existe também para todos os pagãos de todas as raças; por isso, São Paulo é chamado o apóstolo dos gentios. A São João Evangelista coube a Ásia Menor e lá começou seu trabalho de evangelização, na cidade de Hierópolis, onde costumava-se adorar um serpente como deusa. Pondo-se o santo em oração, a serpente morreu. Os sacerdotes do ídolo, furiosos, perseguiram o apóstolo que teve de fugir. Chegou à região de Chones, na Frígia, que naqueles tempos chamava-se Colossos, e a quem mais tarde o apóstolo São Paulo dirigirá a célebre epístola aos Colossenses. São João foi muito bem-sucedido em sua pregação e vários abraçaram a fé. Na sua instrução falou também sobre os anjos e anunciou-lhes que o príncipe das milícias angélicas, o grande São Miguel, os tomaria debaixo da sua proteção e que às portas da cidade brotaria uma fonte, onde os doentes, com o sinal-da-cruz e a invocação do Arcanjo São Miguel, encontrariam uma pronta cura. A fonte apareceu e espalhou-se esse acontecimento por toda a região. Os fiéis e os pagãos começaram a afluir a essa fonte e as curas multiplicaram-se.

Um rico homem de Laodicéia, cidade desta região da Frígia, tinha uma filha única que era muda. Numa noite, apareceu-lhe, em forma humana, São Miguel e disse-lhe: “Conduze a tua filha à fonte dos cristãos e acredita na onipotência do seu Deus, que a tua fé será recompensada”. Cheio de temor e esperança, foi com a filha à fonte e aí perguntou aos cristãos o que devia fazer. Eles disseram: “É em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e pela intercessão de São Miguel que nós usamos desta água”. O pagão, repetindo essas palavras, invocou a Santíssima Trindade e o socorro do glorioso arcanjo. A filha começou a falar e a fé iluminou a sua alma e a do seu pai. Ambos pediram o batismo. Cheio de alegria, a atestar o seu reconhecimento por aquele milagre. Um cristão jovem que seguia a vida eremítica, ficou como guardião desse santuário. As curas multiplicaram-se e, como consequência, a conversão dos pagãos ao cristianismo.

            Os sacerdotes dos ídolos, obstinados nos seus erros, resolveram destruir o santuário. Junto deste, passavam dois rios que eram contidos por diques. Numa noite ouviu-se um forte barulho das águas. Os pagãos tinham destruído os diques e brevemente o santuário seria arrasado e submerso. O eremita, ao ver o que se passava, gritou: “Senhor, a Vossa onipotência comanda e rege os abismos do mal. Vós podeis salvar o templo do Vosso arcanjo”. Enquanto ele rezava, ouviu-se uma voz vinda do Céu. Era São Miguel que descia para desarmar o furor de satanás. Disse ele ao seu fiel servo e guardião do seu templo: “Não temais, o inferno não pode nada contra nós”. O arcanjo estendeu a sua mão sobre o caudal dos rios; as águas impetuosas foram controlada no seu caminhar por um braço invisível. São Miguel traçou sobre elas o sinal-da-cruz e fê-las recuar, desviando o seu curso. O vencedor de Lúcifer deixou-se ver no cume de um rochedo. A terra tremeu e abriu-se uma garganta, por onde as águas sumiram-se vertiginosamente, em turbilhão. São Miguel, depois de ter exortado o eremita a que continuasse a convidar os doentes do corpo e da alma para que usassem da água da fonte em nome da Santíssima Trindade, subiu ao Céu.

            As liturgias da Igreja Oriental comemoram este acontecimento com Missa e ofícios próprios no dia 6 de setembro.

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QUE DEUS TE ABENÇOE!

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate; sede nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e a todos os  espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

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