LUTERANISMO E PROTESTANTISMO

25/10/2012 22:08

O protestantismo teve início no século XVI e hoje existem sob a forma de milhares de denominações independentes umas das outras. Distinguem-se o protestantismo tradicional e o protestantismo moderno.

            Em 31/10/1517, Lutero lançou seu protesto contra a doutrina e a disciplina da Igreja católica, afixando à porta da igreja de Wittenberg, na Alemanha, coforme o costume das disputas acadêmicas, uma lista de 95 teses, em latim, a respeito do primado do papa e de temas conexos. O brado de revolta de Lutero se espalhou rapidamente pela Alemanha e para o estrangeiro. Encontrou ressonância fácil entre os príncipes da Alemanha, que tinham antigos ressentimentos contra a Santa Sé por questões políticas. Também a pequena nobreza apoiava Lutero, porque da revolução religiosa esperava uma revolução social que satisfizesse aos seus anseios. Entre os protetores de Lutero, começou a se destacar o príncipe Frederico, o Sábio, da Saxônia.

            Assim, o problema religioso de Lutero se tornou problema da nação alemã. Esta se sentiu fortemente dilacerada e agitada pelas discussões oriundas da posição assumida por Lutero e seus amigos. Em 1521, houve uma reunião do Parlamento em Worms, na qual Lutero não aceitou se retratar das suas teses revolucionárias. Foi condenado à morte pela assembleia. Mas Frederico, o Sábio, escondeu-o no Castelo de Wartburg, onde ficou durante dez meses (maio 1521 a março de 1522) sob o pseudônimo de “cavaleiro Jorge”. Começou então a tradução da Bíblia para o alemão, que só foi completada em 1534. No castelo, Lutero sofreu crises nervosas muito violentas, que ele considerava como assaltos diabólicos.

            Enquanto Lutero se conservava em Wartburg, a agitação crescia na Alemanha. Apareceu a corrente dos anabatistas, que crescia na Alemanha. Apareceu a corrente dos anabatistas, que interpretavam ousadamente o pensamento de Lutero, negando o batismo às crianças (já que, como diziam o sacramento só é eficaz em quem tem fé) e batizando de novo os adultos; preconizavam uma “igreja de santos”. Posto a par da confusão, Lutero deixou seu esconderijo e voltou a Wittenberg. Conseguiu com o apoio do braço secular, restabelecer a ordem em Wittenberg. Mas teve que enfrentar a revolta dos camponeses (1524-1525) que, esmagados por tributos, valia-se da proclamação da liberdade frente aos senhores civis e eclesiásticos. Thomas Münzer, chefe dos anabatistas, incitava os camponeses à revolta. Lutero acabou optando pela sufocação violenta dos revoltosos. Thomas Münzer foi decapitado. Essa atitude fez com que Lutero perdesse parte de sua popularidade. A sua nova “igreja” não seria do povo, mas dos príncipes e regiões. Ao anabatistas mereceriam a adesão das classes mais humildes.

            Martinho Lutero nasceu em 10/11/1483, em Eisleben, Alemanha. Teve infância dura, sujeita, em casa e na escola, a disciplina severa. A partir de 1501, na Universidade de Erfurt, estudou a filosofia nominalista de Occam, com tendência antimetafísica e relativista. Tal sistema dissolvia a harmonia entre a ciência e a fé, pois tinha as verdades da fé como irracionais ou impenetráveis à razão. A moral se fundaria unicamente na vontade de Deus.

            Certa vez, a caminha da universidade, (02/07/1505) foi quase fulminado por um raio. Em consequência, fez o voto de entrar no convento. (Hilf, st. Anna, ich Will win Monch werden!) esta decisão era fruto do temperamento escrupuloso e pessimista de Lutero, que receava o juízo de Deus sobre os seus pecados (Lutero muito se preocupava com a sua fraqueza e os seus pecados que o deixavam inquieto).

            Em julho de 1505, à revelia do pai e dos amigos, Lutero entrou no convento dos Agostinianos, em Eufurt. Em 1507 foi ordenado presbítero. Em 1510 ou 1511 passou quatro semanas em Roma, onde conheceu a vida da cúria e a exuberância das devoções populares. Isso tudo, porém, no momento não o impressionou muito, nem abalou a sua fidelidade à Igreja. Foi nomeado professor de Sagrada Escritura, em Wittenberg. Vivia, no entanto, inquieto a pensar na sua fragilidade moral e nos insondáveis juízos de deus. Jejuava, praticava vigílias de oração, mas sem conseguir paz.

            O contato com as epístolas de São Paulo (especialmente aos romanos e aos gálatas) foi-lhe oferecendo uma solução: viu que não deveria se importar tanto com aquilo que fazia ou deixava de fazer; precisava era ficar firme na fé-confiança em Jesus Salvador – afinal, dizia ele, é a fé e não as obras boas que salvam o homem. Este foi totalmente corrompido pelo pecado original, e não pode senão pecar. O livre arbítrio está vendido ao pecado; não se pode apelar para ele. De resto, a cobiça desregrada, que é o próprio pecado (segundo Lutero) é inextinguível no homem. Só lhe resta confiar (ter fé) nos méritos de Cristo, porque ninguém tem mérito próprio. Quando deus declara o homem justo ou reto, não lhe está apagando os pecados, mas apenas resolve não os levar em conta cobrindo-os com o manto da justiça ou da santidade de Cristo.

            Lutero se baseava especialmente em Rm 1,17 e Gl 3,12,22, textos lidos à luz dos escritos de Santo Agostinho, que se revelara pessimista em relação à natureza humana. Há quem atribua a Lutero os dizeres: “Poderás pecar fortemente, mas se creres mais fortemente será salvo!”. O pecado seria inextinguível, mas a fé sozinha bastaria para salvar o crente. A fórmula, porém, não é de Lutero, embora contenha, em seu cerne, o seu autêntico pensamento.

            A doutrina da fé sem as obras se tornou o “evangelho” de Lutero. Implicava radical revolução dentro do cristianismo. Lutero havia de lhe associar outras teses, a saber: - somente a Bíblia é fonte de fé, ficando rejeitada a tradição oral que sempre acompanhou a Bíblia, contribuindo para indicar o genuíno sentido da mesma. Também o magistério da Igreja era rejeitado, cabendo a cada crente exercer o “livre exame” do texto sagrado. Tal princípio explica a multidão de denominações protestantes hoje existentes: cada qual se deve à maneira subjetiva e pessoal como o seu fundador (Knox, Schmidt, Wesley...) interpreta o texto sagrado; - não há sacerdócio derivado do batismo. Este princípio abre o caminho para que as mulheres possam ser consideradas pastoras nas denominações protestantes. Por causa disto, Lutero não reconhecia o santo sacrifício da missa, nem os sufrágios pelas almas do purgatório. A remissão dos pecados se obteria pela confissão diretamente feita a Deus!

            Os últimos anos de vida de Lutero foram angustiosos para o reformador, por diversos motivos: os aborrecimentos e as decepções se somavam aos achaques corporais; via que se alastravam a indisciplina e a procura de interesses particulares nos territórios reformados; os príncipes dominavam as questões religiosas. Lutero depositava suas esperanças num próximo fim do mundo. Em 1543 escreveu ansioso: “Vem, Senhor Jesus, vem... Os males ultrapassaram a medida. É preciso que tudo estoure. Amém.” Finalmente morreu em 18/02/1546 na sua cidade natal, Esileben.

            O protestantismo tradicional compreende três grandes comunidades: a luterana, derivada de Martinho Lutero (1483-1546) a calvinista (que absorveu o zuinglianismo ou a reforma de Ulrico Zvinglio em Zürich, Suíça) movimento afim ao de Lutero, a anglicana, na qual se distinguem a High Church (Alta Igreja) e a Low Church (Baixa Igreja).

            A High Church pretende ser a ponte entre o catolicismo e o protestantismo, pois conserva muitos elementos tradicionais daquele, ao passo que a Low Church é mais radical, tendo sido doutrinada por pregadores protestantes do continente europeu. É a Baixa Igreja da Inglaterra que, emigrando para os Estados Unidos em busca de liberdade religiosa, tem dado origem às denominações protestantes sempre mais numerosas que emigram para o Brasil.

            Há um enorme intervalo histórico entre Jesus Cristo e as denominações protestantes. A seguir vê-se uma relação com as suas principais particularidades (Denominação, fundador, data e local onde surgiu):

- Igreja Católica: Jesus Cristo, ano 30 – Palestina

-Luterana: Matinho Lutero, 1517 – Alemanha

- Episcopal (Anglicana): rei Henrique VIII, 1534 – Inglaterra

- Reformada (Calvinista): João Calvino, 1541 – Suíça

- Menonita: Meano Simons, 1550 – Holanda

- Presbiteriana: John Knox, 1567 – Escócia

- Congregacional: Robert Browee, 1580 – Inglaterra

- Batista: John Smith, 1604 – Holanda

- Quacker: John Fox, 1649 – EUA

- Metodista: John Wesley, 1739 – Inglaterra

- Mórmon: Joseph Smith, 1830 – EUA

- Adventista: Willian Miller, 1831 – EUA

- Exército da Salvação: Willian/Catarina Booth, 1885 – Inglaterra

- Ciência Cristã: Mary Backer, 1675 – EUA

- Pentecostais: Charles Parham, 1900 – EUA

- Testemunhas de Jeová: Charles Taze Russell, 1916 – EUA

- Amigos do Homem: Alexandre Freytag, 1916 – Suíça

- Universal do Reino de Deus: Edir Macedo, 1977 – Brasil

 

            Antes do século XVI não se falava de Confissão Luterana; antes do século XX não se falava de Assembleia de Deus, Comunidade “Nova Vida”, Igreja Universal do Reino de Deus”, etc. Não foi Jesus Cristo quem deu origem a tais organizações, mas foram pastores humanos.

            Na raiz de todo este esfacelamento do cristianismo está o princípio, estipulado por Lutero, segundo o qual a Bíblia deve ser interpretada por cada leitor em “livre exame”. Em consequência, tira as conclusões que julgam adequadas, sem orientação da Igreja. Tal  princípio, leva o protestantismo a se autodestruir cada vez mais, dividindo-se e subdividindo-se em comunidades, das quais as posteriores pretendem sempre reformar as anteriores e são reformadas pelas que surgem depois. Os membros de tais comunidades reformadas seguem apenas o sentir subjetivo e imaginoso de um “profeta”, e não mais a Palavra de Jesus Cristo como tal. Cristo fundou uma só Igreja, que Ele confiou a Pedro, dando-lhe garantia de sua assistência infalível até a consumação dos séculos. E não autorizou ninguém a fundar outra igreja.

            O protestantismo rachou a Igreja primitiva e, agora, traz em si, “geneticamente”, a semente da divisão. A palavra “protestantismo” tem sua origem no fato seguinte: em 1529, durante a campanha da Reforma Luterana, a Dieta de Espira (Alemanha) resolveu que não se fariam mudanças religiosas na Alemanha até a reunião de um concílio geral. Por conseguinte, católicos e luteranos ficariam nas posições até então assumidas. Esse decreto provocou o protesto de seis príncipes e 14 cidades imperiais em 19/04/1527. Daí o nome de protestantes que lhes foi dado. Os nomes “evangélicos” não é correto, pois todos os cristãos são evangélicos, não só os protestantes.

            Podemos enunciar três principais teses como características dos diversos tipos de protestantismo: 1) a justificação pela fé sem as obras; 2) a Bíblia como única fonte de fé, interpretada segundo “o livre exame”; 3) a negação de intermediários entre Deus e o crente.

 

  1. A justificação pela fé sem as obras – Lutero considerava essa tese como capital, “artigo do qual nada se poderá subtrair, ainda que o céu e a terra venham a desmoronar” (cf. Artigos de Schmakalde, 1537). Deriva-se da situação psicológica em que o reformador se achou em certa fase de sua vida.

Lutero se fez frade agostiniano, mais movido pelo medo do que por autêntica vocação. Durante a queda de um raio, que matou um amigo, Lutero suplicou a intercessão de Santa Ana, e prometeu-lhe que se faria padre, se não morresse naquele momento. No claustro, experimentou a concupiscência, que ele procurou superar pela ascese, sem, porém,  conseguir se livrar totalmente dela. Um  belo dia julgou ter encontrado a solução nas epístolas de São Paulo: a concupiscência seria invencível; por conseguinte, dizia, é inútil procurar dominá-la mediante a penitência e boas obras. Basta, então, aceitar Cristo como salvador, isto é, crer com confiança que Deus Pai, em vista dos méritos de Jesus, não leva em conta os pecados do indivíduo. A fé confiante (independentemente de boas obras) faz com que Deus nos recubra com o manto dos méritos de Cristo, declarando-nos justos.

      Tal declaração é meramente extrínseca ou jurídica: não afeta o interior da natureza humana que, mesmo depois de “justificada”, acha-te como que aniquilada pelo pecado ou vendida a ele- daí chamar Lutero de “servo arbítrio” do homem. Em consequência, o crente pode estar certo da salvação eterna em qualquer fase da sua vida, desde que mantenha a fé confiante. Donde o famoso adágio atribuído a Lutero: “Pecco fortiter, sed fortitus credo” (Peco intensamente, mas ainda mais intensamente creio).

      A Escritura ensina que a remissão dos pecados é gratuitamente concedida aos homens mediante os méritos de Cristo (cf. Rm 5,8s). O homem não pode merecer o perdão, mas ele o aceita contritamente. Contudo, a Escritura ensina também que o perdão concedido por Deus não é mera fórmula jurídica em virtude  da qual não nos seria mais levado em conta o pecado (que, apesar de tudo ficaria a contaminar a alma). Na verdade, justificação, segundo as Escrituras, é regeneração (cf. Jo 3,3-5; Tt 3,5), elevação à dignidade de filhos de Deus não de nome apenas, na realidade (cf. 1Jo 3,1) de modo a nos tornarmos participantes da natureza divina (cf. 2Pd 1,4), capazes de produzir atos que imitem a santidade do Pai celeste (cf. Mt 5,48). Se, por conseguinte, Deus nos concede uma nova natureza ao nos perdoar as faltas, está claro que as obras boas devem pertencer ao programa de santificação do cristão; elas se tornam condição indispensável para que alguém consiga a vida eterna (cf. Tg 2,14-26). Deus não pode deixar de exigir tais obras depois de nos ter concedido o princípio capaz de as produzir.

      Quanto à concupiscência que permanece no cristão por toda a vida, ela não constitui pecado, enquanto o indivíduo não lhe dá cosentimento. Na  vida cotidiana os protestantes valorizam altamente as boas obras. Falam, então, linguagem muito semelhante a dos católicos.

  1. A Bíblia, única fonte de fé, sujeita ao “livre exame” – Afim de dar fundamento à inovadora tese da justificação pela fé fiducial, os reformadores precisavam fazer uma revisão no conceito de fonte da Revelação cristã. Esta é a Palavra de Deus transmitida pela Escritura Sagrada e a Tradição oral (ensinada pelo magistério da Igreja). Resolveram, pois, rejeitar a Tradição e o magistério, para só dar crédito à Palavra escrita ou à Bíblia. Esta, para o protestante, tudo contém. Para ajudar o crente a ler e entender a Bíblia, o Espírito Santo dá seu testemunho interior, iluminando a mente e dirigindo o coração, em consequência, cada crente tem o direito de deduzir da Bíblia as verdades que ele, em seu bom senso, julgue lhe haverem sido ensinadas pelo Espírito Santo. Assim, o protestantismo, de modo incoerente, dá ao indivíduo uma prerrogativa que nega à Igreja visível e hierárquica: esta pode errar no seu ensinamento, apesar das promessas de assistência de Cristo (Jo 14,15.25; 16,12-13); cabe a cada cristão, guiado pelo Espírito santo, encontrar de novo a Palavra de Deus perdida pela Igreja. O valor da Tradição oral se explica pelo fato de que a Revelação oral antecedeu a redação das Escrituras e não foi, explicitamente, toda escrita nos livros sagrados, Os hagiógrafos não tiveram a intenção de confeccionar um manual completo dos ensinamentos revelados, como professa o próprio São João no final do seu Evangelho (cf. Jo 20,30s; 2125). Donde se vê que é estranho ao espírito da Bíblia interpretá-la independentemente da Tradição da qual ela se originou, conservou-se e sempre se transmitiu.

Por outro lado, as comunidades protestantes, tendo abandonado a tradição transmitida desde os inícios do cristianismo, seguem uma tradição: iniciada pelo fundador da respectiva denominação (a de Lutero, a de Calvino, a de Wesley, a de Smyth...). Criou-se em cada denominação uma tradição particular ou uma via própria de interpretação da Bíblia.

  1. A negação de intermediários entre Deus e o crente  - O protestantismo dá valor decisivo à atitude do indivíduo diante de Deus, é a fé subjetiva que garante a salvação. Em consequência, não têm cabimento canais transmissores da graça, como os sacramentos administrados por uma sociedade visível (a Igreja) e por uma hierarquia de ministros oficialmente instituída. Para o protestante, entre o homem justificado pela fé e Deus, não há sacerdote senão o Senhor Jesus invisível, que está nos céus. A prolongação da Encarnação através da Igreja e dos sacramentos é depreciada; também não há outro Mestre senão o Espírito Santo, que fala nas Escrituras e no íntimo do crente, sem recorrer a algum magistério visível e objetivo. Há apenas uma Igreja invisível, que vai tomando corpo nas denominações protestantes a partir do século XVI.

Se é perguntado como é governada a Igreja invisível, levanta-se  uma questão difícil para o protestantismo. Este rejeita o Papado e afirma que todos os fiéis são sacerdotes. Em consequência, não restam critérios muito seguros. Em consequência, não restam critérios muito seguros para se estabelecer o governo da Igreja. Donde a multiplicidade de soluções: episcopais, presbiterianos, congregacionalistas...

      A rejeição dos sacramentos e do sacerdócio hierárquico contradiz a lei geral  que Deus sempre quis observar nas suas relações com o homem: na plenitude dos tempos o Verbo se fez carne, e este mistério se prolonga no sacramento da Igreja e nos sete ritos sacramentais.

      Nos desígnios de Deus, a santificação do homem sempre foi concebida comunitariamente, em oposição a qualquer individualismo. Exaltando o indivíduo a ponto de relegar para plano secundário a comunidade, o protestantismo vem a ser autêntico produto da mentalidade subjetivista e antropocêntrica do século XVI, a época do Renascimento.

      A Reforma pretende corresponder à igreja primitiva, anterior à “corrupção” que “paganizou” o Evangelho. Por isso, os mestres protestantes se veem obrigados a fazer recuar constantemente o período da “grande corrupção”: os primeiros reformadores a colocavam no século IV. Os discípulos foram retrocedendo a tal ponto que Harnack († 1930) chegava a dizer que já os apóstolos perverteram o Evangelho – o que é absurdo, pois só conhecemos o Evangelho pela pregação e escritos dos Apóstolos. Harnack, porém, era obrigado a admitir esse contrassenso, porque reconhecia claramente que a Igreja Católica atual corresponde fielmente à Igreja primitiva ou, como dizia ele, que “cristianismo, catolicismo e romanismo constituem uma identidade histórica perfeita” (Theologistiche Literaturzeitun, 16/01/1909).

      A rejeição de todo magistério munido da autoridade do próprio Deus gera instabilidade nas comunidades protestantes, ocasionando a criação de novas e novas denominações. A razão dessas reformas é o fato de que nenhuma delas é realmente guiada pelo Espírito Santo, mas todas são obras meramente humana. Aliás, o próprio Lutero já verificava em seu tempo: “Há tantos credos quantas cabeças há”.

(PR n. 338/1990, p. 303s e n. 310/1988, p. 123s e n. 320/1989, p. 19s).

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