O que significam, na liturgia, os anos A, B, C?

            O Concílio Vaticano II promoveu a reforma da liturgia. Um dos resultados dessa reforma é a divisão em anos A, B, C. O ano A corresponde ao evangelho de Mateus; o ano B refere-se ao evangelho de Lucas. Pois é nessa ordem que eles aparecem no Novo Testamento.

            Por que isso? A ideia é muito simples: as pessoas que participarem de todas as missas dominicais durante três anos terão a oportunidade de entrar em contato com todos os evangelhos.

            Essa divisão em anos A, B, C diz respeito somente aos domingos do Tempo Comum (a maior parte do ano: 34 domingos ao todo). Nos domingos do Tempo Comum do ano A, o evangelho é sempre o de Mateus; nos do ano B, o evangelho é de Marcos (porém, o texto de Marcos 6,30-44 é substituído pelo capítulo 6 de João, cuja leitura se prolonga por vários domingos). Nos domingos do Tempo Comum do ano C, o evangelho é de Lucas. Assim, temos: 1996 =  ano A (Mateus); 1997 = ano B (Marcos); 1998 = ano C (Lucas); 1999 = ano A (Mateus) etc.

            E o evangelho de João? Ele está presente um pouco em tudo, nos domingos que não pertencem ao Tempo Comum (Páscoa, por exemplo).